terça-feira, 26 de outubro de 2010

PESCA DE ROBALO


     O Robalo é sem dúvida nenhuma um dos peixes mais esportivos para se pescar na modalidade de iscas artificiais, porém, sua pesca é extremamente técnica, pois além de exigir arremessos precisos, para se obter sucesso em uma pescaria, é fundamental conhecer bem seus hábitos e comportamentos que variam de acordo com as condições climáticas. Um grande pescador de robalos é um grande observador.


Espécies

     Os robalos caracterizam-se por sua cor prata-acinzentada e ventre esbranquiçado e, mais ainda, pela listra negra do focinho ao rabo, seu corpo é alongado e comprido com perfil dorsal acentuado, os dentes são pequenos e o pré-operculo com margem serreada.
As duas espécies mais comuns que encontramos são:

Robalo Peva - Centropomus enciferus - que atinge 55 cm de comprimento e até 6 kg de peso, com um Mínimo de 35 cm para captura.(tamanho mínimo: 35cm)

Robalo Flecha - Centropomus undecimales - que atinge mais de um metro de comprimento e mais de 20 kg de peso, não devendo ser capturado com menos de 45 cm de comprimento para não prejudicar a reprodução e criação da espécie.(tamanho mínimo: 45cm)

Local de pesca
Podemos encontrar o robalo em praticamente todo litoral brasileiro, podemos pescá-lo na praia(pesca de praia), em canais e no mangue
Marés
A pesca do robalo é bastante influenciada pelo comportamento das marés, as melhores luas são a minguante e a crescente. O robalo torna-se extremamente ativo quando a maré está correndo (principalmente no início da vazante). A maré ideal é aquela que corre quase o dia inteiro,bem devagar.
Algumas considerações: o robalo é um predador astuto, e como tal, preferencialmente caça quando as condições lhe favorecem. Quando a maré está parada ele dificilmente sairá da estrutura para caçar, quando a maré está correndo (aumento do número de presas fácil) ele se torna mais ativo.
Marés com grandes variações -> água correndo muito rápido -> água suja(levanta muita sujeira) -> dificuldade para trabalhar a isca perto da estrutura -> o peixe entra "dentro" do mangue ficando fora do alcance do pescador.
Marés com baixas variações - >  o peixe fica inativo.
Estruturas
Os tipos de estruturas que o robalo costuma frequentar são as galhadas, pedras e troncos submersos, lajes, pilares de pontes, curvas (bicos) dos canais em geral.

Equipamento e iscas artificiais
Varas de ação rápida de 5,2 à 5,6 pés.
Linhas de 12 à 17lbs (com líder de 1-1,5m de fluorcarbono transparente).
Carretilha

sábado, 23 de outubro de 2010

Pesque Vida - Conceito de pesca amadora/esportiva



     O turismo de pesca tem como seu principal produto a pesca amadora, e dentro dela um destaque especial para a Pesca Esportiva. A pesca amadora é aquela praticada por brasileiros ou estrangeiros com a finalidade de lazer e cujo produto não se destina à comercialização.
     A Pesca Esportiva está contida dentro dos conceitos da pesca amadora, porém sua prática não implica necessariamente no abate do pescado. O principal objetivo é a prática do esporte, num convívio sadio com a natureza conservada onde o pesque-e-solte é prioridade e dos peixes, ficam guardadas imagens. Defender a idéia de que o pescador esportivo deve liberar todos peixes capturados e não consome o produto de sua pesca, seria radicalismo. A filosofia é de que o consumo do peixe seja fruto do abate de quantidade necessária e suficiente para o uso imediato, sem exageros e desperdícios.
     Para tanto devem ser estabelecidos parâmetros de quantidades e tamanhos mínimos, em relação às espécies alvo que se mostrem potencialmente atraente à prática da atividade. A Portaria Nº 30 /03 do IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis, que regulamenta a pesca amadora no território brasileiro, conforme seu Artigo 4º, parágrafo único e Artigo 6º, faculta aos Estados e Municípios restrições mais rígidas em suas áreas de atuação. Desta forma, este trabalho visa dar subsídios para conservar os atrativos da região pesquisada e tornar sustentável a atividade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

    PESQUE-PAGUE E PESQUEIROS

     Pesque-pague é uma modalidade de pesca que se pratica como um esporte ou hobby, sem que dela dependa a subsistência do pescador. Também se pode chamar de pesca de lazer ou pesca amadora.
     É realizada dentro de lagos, artificial ou natural, onde o pescador paga pela quantidade de quilo(s) pescados durante o dia.
     Hoje em dia, a maioria dos “Pesque-pagues” foi transformada na modalidade de pesca esportiva, o nome ficou como referencia, muitos conhecem como Pesqueiros.
Atualmente os pesqueiros estão criando grandes estruturas para o acompanhante dos pescadores, tipo, pousadas, piscinas, parque infantil, restaurantes e outros atrativos.
     No Brasil, as espécies que são comumente encontradas para pesca, são Pacu, Tambacu, Pintado, Tambaqui, Carpa, Bagre, Tilápia outros mais completos ou específicos começam a colocar em suas águas  Pirarucu, Piapara, Tucunaré, Black Bass. Época de inverno encontra-se alguns com Truta.
    ARREMESSOS COM CARRETILHAS E MOLINETES


     Selecionamos os dez arremessos, usados nas situações mais diversas na pescaria, usando carretilhas ou molinetes.

     Overhead Casting : Arremesso frontal pelo alto. O primeiro a ser aprendido e o mais utilizado pelos pescadores, que devem dominá-lo antes de partir para os outros tipos de arremesso. É feito em três etapas:
-vara na frente do corpo apontada para o alvo;
-impulso para trás, vergando a vara com firmeza e
-impulso para frente lançando a isca.


     Sidehand Casting : Arremesso lateral. Utilizado na presença de obstáculos acima do pescador, impedindo a execução do overhead casting. Bom também para colocar a isca sob estruturas baixas.

     Backhand Casting : Arremesso lateral cruzado. No caso de destros, o movimento da vara é para o lado esquerdo, com a ajuda da mão esquerda na hora de impulsionar a vara para frente. Usado quando há algum obstáculo do lado direito do pescador.

     Flip Casting : Arremesso de baixo para cima, com movimento oposto ao do overhead casting. Usado quando não há espaço acima e ao lado do pescador. Outro bom arremesso para estruturas baixas.

     Pitch Casting : Arremesso delicado, iniciado com a isca na mão esquerda do pescador. Faz-se um movimento de baixo para cima com a vara ao mesmo tempo em que se solta à isca. Bom para curtas distâncias e para apresentações mais delicadas da isca, como na pesca do black bass, robalos e outros peixes em determinadas situações.

    Spiral Overhead Casting : Arremesso frontal em espiral. O invés do movimento em linha reta do overhead casting, a ponta da vara faz um movimento circular vigoroso antes de lançar a isca para frente. Permite o alcance a longas distâncias.

    Spiral Side Casting, Spiral Backhand Casting, Spiral Flip Casting : Similares aos arremessos Sidehand, Backhand e Flip Casting, porém feitos com o movimento da vara em espiral. Têm a mesma vantagem de alcançar longas distâncias, apesar de serem mais difíceis de executá-los.

     Curving Casting : Arremesso com Curva. Partindo-se do flip casting, tomba-se a vara para o lado ao mesmo tempo em que se freia a linha durante o vôo da isca, fazendo com que ela acabe efetuando uma curva no ar. Ë o único arremesso que põe a isca na parte de trás de uma estrutura, como um pilar, arvore, pedra, ou um tronco isolado no meio da represa.

    Skipping ou Magic Casting : Arremesso com repique. Sem dúvida o mais acrobático e difícil dado a facilidade em se formar backlash (cabeleira) na linha se não for bem executado. Deve-se efetuar um arremesso o mais rasante possível, com controle constante do polegar sobre o carretel. A isca deverá saltitar sobre a água, tal qual uma pedra achatada arremessada com esse fim ( quem nunca fez isso com pedras? ). Põe a isca sob a mais baixa das estruturas. Dica : deve-se efetuar esse arremesso com iscas moles, tipo shads, com iscas artificiais de material duro e cabelereira na certa, outro detalhe fechar o freio.
NÓS UTILIADOS NA PESCA

Alguns dos nós de pesca mais utilizados :

no-de-pesca-gdp01
no-de-pesca-gdp02
no-de-pesca-gdp031
no-de-pesca-gdp04
no-de-pesca-gdp05
no-de-pesca-gdp06
no-de-pesca-gdp07
no-de-pesca-gdp22
no-de-pesca-gdp08
no-de-pesca-gdp09
no-de-pesca-gdp10
no-de-pesca-gdp11
no-de-pesca-gdp12
no-de-pesca-gdp13
no-de-pesca-gdp141
no-de-pesca-gdp15
no-de-pesca-gdp16
no-de-pesca-gdp17
no-de-pesca-gdp18
no-de-pesca-gdp19
no-de-pesca-gdp20
no-de-pesca-gdp21
MASSAS DE PESCA PARA TODOS OS PEIXES


     São receitas testadas, mas todos os pescadores têm seu toque pessoal, modificá-las para melhor, colocar ou substituir um ingrediente, fazendo testes práticos é muito bom, o importante que no final a receita funcione e que se fisgue muitos peixes.

     Para atrair os peixes no local onde estiver pescando, é necessário fazer uma ceva com a própria massa, misturada com quirera (milho moído) jogar na água 30 minutos antes de iniciar a captura. Boas pescarias.

Massa de fundo para todos os peixes
- Um quilo de ração de peixe moída;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 100 g de farinha de trigo;
- Usar água até dar liga.
Pode adicionar: suco de goiaba ou maracujá, groselha ou queijo ralado.

Massa para pesca de carpas usando Missô
- Um quilo de batata doce;
- Um copo de açúcar refinado;
- ½ quilo de milharina;
- ½ quilo de farinha de mandioca crua;
- 300 g de missô.
     Descascar as batatas, cozinhar na panela de pressão, esfriar e espremer “no espremedor de batatas”, misturar a batata com a milharina, mais farinha de mandioca e amassar bem, vai ficar uma bola dura. Colocar o açúcar mais o missô. Amassar bem aí vai dar liga e chegar no ponto de uso.

Massa para peixes redondos
- Um pacote de refresco em pó (morango, uva, etc);
- Um quilo de farinha de mandioca crua;
- 500 g de farinha de trigo;
- Um pacote de queijo parmesão ralado.
     Misturar, fazer bolinhas, e cozinhar em água fervente até que as mesmas subam. Após o cozimento, passar em farinha e acondicionar para utilização.

Massa rápida
- Dois miolos de pão francês fresco;
- Um queijo polenguinho.
     Amassar bem o miolo do pão com o queijo polenguinho. Fazer no dia da pescaria. Massa boa para lambaris, pacu-prata, piau etc.

Carpas em geral
- Um quilo de batata doce espremida;
- 200 g de açúcar cristal;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 10 paçocas de amendoim.

Carpa-cabeçuda
- Um quilo de batata doce sem casca (espremer com as mãos);
- 200 g de farinha de mandioca;
- 100 gs de açúcar cristal;
- 10 paçocas de amendoim.
    Juntar tudo sem amassar muito, massa sem liga. Não usar água.

Carpa húngara
- Um quilo de batata doce;
- 200 g de açúcar cristal;
- 300 g de farinha de mandioca;
- 10 paçocas de amendoim.
     Amassar bem, dar bastante liga. Se necessário colocar água.

Massa para carpas “em represas”
- Farinha de mandioca (meio a meio) e farinha de milho (meio a meio);
- Açúcar;
- Corante para doces de cereja ou morango;
- Água mineral ou do lago.
     Preparo: Ferver a água com açúcar (bem doce). Farinha de milho mais água quente, aos poucos, mais farinha de mandioca, corante, mexer e amassar bem até dar liga.

Carpas húngaras e capim
- Um quilo de batata doce;
- 200 g de farinha de mandioca;
- 50 gr de Karo ou mel;
- 15 paçocas;
- 100 g de farinha de trigo;
- 200 g de ração flutuante ume-decida.
     Amassar bem, dar bastante liga.

Massa para carpas “na Natureza”
- Seis copos do tipo americano de farinha de milho;
- Três copos do tipo americano de farinha de mandioca crua;
- Cinco copos de açúcar.
- Dois litros de água mineral ou da represa
     Preparo: Ferver a água com o açúcar, desligar o fogo, colocar a farinha de milho, mexer bem, em seguida colocar a farinha de mandioca, mexer e amassar até dar liga.
     Atenção: Fazer a ceva com milho maduro e pedaços de mandioca, acondicionar em pequenos sacos de tela.
     Hoje também se pesca com milho maduro cozido, colocar em um vidro com a sua água para azedar.

Pacu
- Um quilo de ração para peixe (bater no liquidificador) úmida;
- 100 g de queijo ralado;
- 200 g de farinha de mandioca crua;
- 100 g de farinha de trigo.
     Amassar bem, caso for necessário use água do lago até dar ponto.

Massa com borra de café para Pacu
- Um quilo de farinha de mandioca crua;
- 300 g de farinha de trigo;
- 200 g de borra de café.
     Preparo: Misturar bem a farinha de mandioca junto com a farinha de trigo e a borra de café. Coloque água aos poucos, vai amassando até dar liga, quando estiver no ponto faça bolinhas do tamanho de um coquinho, colocá-las aos poucos em uma panela de água fervente, deixar cozinhar até as bolinhas boiarem, retire e deixe secar sobre um pano.
     Fazer as bolinhas na noite que antecede a pescaria.

Tilápias, Carpas Capim, Húngara e Espelho e Catfishs
- Três quilos de ração de peixe Guabi, comum em pó;
- Um quilo de ração de peixe Guabi, carnívora em pó;
- ½ quilo de farinha de peixe;
- ½ quilo de farinha de sangue;
- 550 g de açúcar cristal.- 700 gramas de farinha de mandioca crua
- Uma colher de chá de corante vermelho
     Fazer a massa com a água do lago.

Curimbatá, Curimatá e Papa-terra
     Fazer uma ceva com farinha de trigo, água do rio, misturar e bater bem com a mão, vai ficar um leite grosso.
     Massa: farinha de trigo, água do rio, misturar e amassar bem, ficar a ponto de fios, fazer fios e enrolar no anzol.

CALENDÁRIO DE PESCA

 

A lua e sua Pescaria

     Muito se fala sobre a influência da lua e das marés na produtividade da prática da pesca. São realmente fortes influências, que tentaremos explicar com simplicidade e clareza para aqueles que não sabem como estes elementos interferem na pesca. São conhecimentos imprescindíveis para qualquer pescador esportivo.

 

A interferência da lua nas marés

     O movimento da marés tem causa nas atrações gravitacionais existentes entre a Terra, a Lua e o Sol. O posicionamento da Lua e do Sol em relação à Terra determinam como se comportam os níveis do mar, e conseqüentemente dos rios e canais litorâneos. Por isso, temos as marés grandes e pequenas, ou comumente chamadas de marés vivas e mortas.

Em qual lua eu vou pescar?

     Afirmar categoricamente qual melhor maré ou lua para se praticar a pesca é algo impossível. Entretanto, é fato que nas chamadas marés pequenas mortas, que acontecem quando a Lua está em fase minguante ou crescente, a correnteza é menor, facilitando o posicionamento das iscas onde se deseja. Outro fato, é que nestas marés, os peixes terão uma área menor a circular na sua busca por alimentação, já que teremos um considerável volume água a menos nas áreas de pesca. Em verdade, seguindo estas considerações, podemos dizer que nas luas de quarto, ou nas marés mortas, a produtividade da pesca tende a aumentar. Mas não podemos esquecer que as variantes existentes em função dos lugares, das espécies de peixes, entre outras, podem modificar esta colocação e, por isso mesmo, nunca devemos desprezar a análise de conhecedores da região onde se pretende pescar.
    Em outras palavras, se quiser fazer um estudo antecipado do local de pesca desejado, faça um cruzamento da tábua de maré com o calendário lunar, veja quando ocorrerão as marés mortas, mas não esqueça de consultar um pescador nativo da região. Existem peixes que costumam ser mais encontrados em marés vivas, dependendo do local.